Os produtores de batata da Península de Setúbal andam a apresentar soluções ao des(Governo). Em causa estará a ruína da agricultura familiar por conta da política seguida, conforme refere o site Setúbal na Rede.
Preferência à produção nacional é uma exigência dos produtores de batata de Setúbal perante o nosso (des)Governo
Os produtores de batata da Península de Setúbal alegam ser preciso, e com urgência, criar medidas que façam do abastecimento das instituições públicas como escolas, hospitais, refeitórios e também IPSS”s, uma preferência da batata nacional. Fica, portanto, bem explícito que as entidades nacionais e municipais têm compactuado por a ingerência da batata estrangeira – o que constitui, de facto, uma sabotagem à produção nacional.
Avelino Antunes é o assessor da Associação dos Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS) está revoltado com a situação e enfatiza que é também necessário, em nome dos produtores de batata da Península de Setúbal, a “revitalização do pequeno comércio”, bem como a criação de “mercados levantes”, isto é, locais que estão adaptados para diferentes funções como a realização de feiras, ou actividades desportivas, consoante a necessidade da população. Justifica, e esclarece que são os “mercados levantes” que permitem aos agricultores improvisar uma feira para, desta feita, “vender as batatas directamente ao consumidor”. A grande vantagem desta prática é, efectivamente, escoar o produto a um “preço mais digno”.
Discrepância entre o preço que chega ao consumidor e o preço de produção é o grande argumento dos produtores de batata de Setúbal
Está já a caminho um documento para chegar ao (des)Governo através da Direção Regional de Agricultura. Trata-se de um mero papel que traduz as angústias dos agricultores no que concerne à discrepância existente entre o preço de produção e o preço que chega ao consumidor. Tudo o que os produtores de batata querem, e pedem é que seja cumprida a Constituição Portuguesa.
Colocar em causa o cumprimento da constituição Portuguesa alegando inconstitucionalidade tem por base o pressuposto da proibição do monopólio da concentração alimentar. Por esta é que talvez não estejam à espera.
O assessor da Associação dos Agricultores do Distrito de Setúbal faz ainda um apelo aos consumidores para que haja uma maior sensibilização sobre o assunto que dói tanto aos produtores de batata: a oferta de batata para quem quiser levar no Fórum Montijo. Expor claramente o escândalo entre os preços de produção e os preços que chegam ao consumidor será a clara intenção desta acção denunciadora dos prejuízos dos produtores de batata.