Melhorar a relação entre o consumo de fruta e a obesidade – é o objectivo de um estudo realizado por investigadores da APCOI que contou com uma amostra de 18.374 crianças, conforme informação adiantada pelo site dnotícias.pt.
As crianças madeirenses são as que fazem um maior consumo de fruta mas ainda são as mais obesas do país…
A boa notícia do estudo da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) é que quatro em cada dez crianças que participaram no programa “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável” aumentaram, em apenas doze semanas, o consumo de fruta diário.
Trata-se de um realizado por investigadores da APCOI com uma amostra de 18.374 crianças entre um total de 70.357 que participaram na terceira edição do projecto motivacional “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável”: “Poucos estudos em Portugal têm uma amostra tão grande, o que nos permite obter um maior conhecimento da realidade dos estilos de vida e da caracterização do estado nutricional das crianças portuguesas”.
Este é um incentivo para as crianças do 1º ciclo e jardins de infância na adopção e manutenção de hábitos saudáveis na sua alimentação diária. Os resultados preliminares do estudo, divulgados no âmbito do Dia Mundial da Alimentação, indicam que 42,6% das crianças que integraram este programa no ano lectivo 2013-2014 passaram a ingerir mais fruta diariamente.
O maior impacto deste programa motivacional acerca do consumo de fruta registou-se na Madeira já que no início do programa, 14,3% das crianças não comiam qualquer porção de fruta diariamente, uma percentagem que reduziu para os 4,3% no final do programa. No entanto, espera-se que os níveis de obesidade venham a diminuir…
Quantidade de fruta recomendada pela Organização Mundial de Saúde não estava a ser cumprida e bem mais de metade das crianças estudadas: consumo de fruta abaixo das três porções diárias
Conclusões do estudo referem ainda que 73,5% das crianças não ingeriam diariamente a quantidade de fruta recomendada pela Organização Mundial de Saúde (pelo menos, três porções por dia), antes da participação no projecto motivacional da APCOI. De acordo com uma especialista, “Como a fruta tem nutrientes insubstituíveis, o seu baixo consumo tem efeitos negativos para a saúde das crianças: dificulta o bom funcionamento dos intestinos, diminui as defesas do organismo, tornando-as mais sujeitas às doenças, nas quais se inclui a obesidade logo desde a infância, além de provocar alterações nos níveis de energia, de concentração e aprendizagem”.
33,3% das crianças entre os dois e os 12 anos têm excesso de peso, das quais 16,8% são obesas – esta é outra conclusão do estudo, Algarve a região que revelou a menor taxa de obesidade infantil (14,7%) e os Açores onde existe maior índice de crianças na categoria de baixo peso (8,1%).