Já é possível saber, através do ADN da vaca, qual a utilização mais acertada para o leite da respectiva – este é um estudo da Universidade de Lund, na Suécia, conforme refere o site DN.
Bióloga sueca apresenta conclusões de estudo na Suécia: do ADN da vaca para onde vai o leite?
Para beber ou para fazer queijo, já é possível saber o destino a dar ao leite da vaca leiteira através do seu ADN. A investigadora que levou a cabo o estudo explica tudo: “Os meus resultados demonstram que há genes que controlam as propriedades de coagulação [do leite] e que isso pode variar tanto entre raças distintas como dentro da mesma raça”.
No fundo é muito simples de entender os resultados da pesquisa do ADN da vaca: quanto mais depressa o leite coagular, menos tempo aguenta para ser bebível – e deve ser, por isso, aproveitado para produção de queijo. E vice-versa para a mesma teoria.
Quer esta teoria igualmente dizer, tal como referiu a investigadora, que “Uma amostra sanguínea e a comparação com as amostras de ADN dos exemplares de vacas mais favoráveis para a produção de queijo, poderá, daqui a uns anos, garantir a um criador a oportunidade de ter vacas com a certeza de que darão leite de alta qualidade para a produção de queijo”.
Processo de produção de lacticínios sai a ganhar com este estudo: a simplificação da logística
Bem visto, o estudo permite uma simplificação da logística do processo de produção de lacticínios já que “um melhor entendimento dos genes das vacas poderá ser vantajoso para a rentabilidade da pecuária e produção de produtos lácteos, podendo a fabricação de queijo ocorrer de forma mais eficaz”.
O estudo focalizou-se em uma raça específica de vacas: o vermelho malhado. Perante esta amostra ficou então concluído que 18% destas vacas produziam leite impróprio para produção de queijo ao não se verificando a coagulação durante 40 minutos de observação – depreendendo-se, portanto, tratar-se de leite impróprio para consumo enquanto bebida.
Este estudo poderá igualmente potenciar uma redução nos custos de produção. Sabe-se que a qualidade, a segurança, a equidade e o controlo dos procedimentos laboratoriais são uma preocupação permanente dos Governos. Em Portugal a Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente realiza, através do SERCLA/IAMA, análises a cerca de cinco mil amostras de leite por mês, só em São Miguel nos Açores, para efeitos de classificação e definição do preço de pagamento por litro de leite ao produtor.
Refira-se que são também efetuados estudos de precisão mensais entre vários laboratórios de lacticínios da Região através de amostras de leite preparadas por cada indústria, de forma rotativa, que depois são enviadas para os restantes laboratórios públicos e privados intervenientes para depois serem tratados estatisticamente. Vem isto a propósito do ADN da vaca.
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