E se os pesticidas ingeridos por renas Caribu forem metabolizados constituindo, desta feita, uma excelente notícia para a cadeia alimentar? Estes foram os resultados de um estudo adiantado pelo site Science Daily realizado pela Escola de Ciências Ambientais da Universidade de Guelph.
Pesticidas ingeridos por renas caribu através da vegetação são metabolizados e, por isso, fazem diminuir a exposição em animais que consomem caribu
Animais que consomem caribu, incluindo os seres humanos, têm agora motivos para celebrar: alguns pesticidas ingeridos por renas caribu, através da vegetação, são por elas metabolizados – o que diminui a exposição face ao consumo das renas caribu.
Este foi um estudo realizado no âmbito da Toxicologia e Química Ambiental que comprova o baixo risco de danos nocivos dos pesticidas no Árctico canadense pelo consumo de caribu: uma óptima notícia!
Os pesticidas ou metais pesados, como é sabido, penetram nos rios ou nos lagos e na vegetação. Depois, são ingeridos pelos peixes e pelos mamíferos que, por sua vez, são consumidos por outros animais incluindo também pelos seres humanos. Sabe-se que estas substâncias concentram-se em tecidos e órgãos internos à medida que sobem na cadeia alimentar.
O exame realizado à cadeia alimentar: os lobos e os humanos que consomem os pesticidas ingeridos por renas caribu ficam menos expostos
Ao testarem a vegetação contaminada, os pesquisadores descobriram que tanto as renas caribu como os lobos que comem as renas não sofrem um processo de biomagnificação significativo – o que é muito importante para a saúde e para as questões de segurança alimentar da região estudada.
A título de curiosidade, a biomagnificação nos pesticidas nos organismos e a respectiva contaminação pode acontecer através dos resíduos em água, dos resíduos em ecossistemas aquáticos, dos resíduos no solo, nos resíduos em organismos terrestres e nos resíduos na atmosfera.
Por sua vez, a biomagnificação pode acontecer em dois processos: por biomagnificação em certo nível trófico ou por biotransferência de um nível trófico para outro através de duas formas. A biomagnificação ou se dá por absorção directa do meio através da osmose ou então por assimilação directa via oral através dos alimentos.
Será importante referir que a característica que um pesticida tem de ter para sofrer magnificação biológica é a persistência que apresenta tanto no meio ambiente, como na forma disponível e no sistema biológico.
Os pesticidas ingeridos por renas caribu, por uma dieta alimentar baseada na vegetação contaminada, apresentam uma baixa concentração por falta de biomagnificação – o que será alvo de estudo para confirmação se tal se pode aplicar também a outras cadeias alimentares.
Todas as amostras de origem animal utilizadas na pesquisa, para levar a cabo o estudo, foram todas fornecidas por caçadores de subsistência.
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