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Terra Animal

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As particularidades dos javalis: o cio que tira a preguiça

27 de Junho, 2019 by olinda de freitas Deixe um comentário

Os javalis, peças fundamentais nas montarias, medem cerca de um metro e vinte de comprimento e pesam (os machos) setenta a noventa quilos – as fêmeas atingem o peso máximo nos seus mínimos mas ambos, excepcionalmente, podem chegar aos cento e cinquenta quilos.

Relato dos Javalis

Ao contrário dos porcos domésticos, os javalis possuem os quartos dianteiros mais levantados que os traseiros, dizem que são feios e maus de patas curtas e corpo largo – mas isso são os montadores por conta da bravura dos javalis quando estão com o cio. São mamíferos de tamanho mediano com uma cabeça grande e larga, onde se destacam pequenos olhos.

Para compensar, são donos de um forte sentido de olfacto e de audição – esta constitui uma grande arma de defesa contra qualquer inimigo, pois consegue captar sons imperceptíveis ao homem.

Não obstante, é o olfacto o sentido mais desenvolvido, pois permite-lhes detectar comida, e inimigos, a mais de cem metros de distância e descobrir mesmo alguns alimentos que se encontram enterrados.

Como se comportam

Animais sociáveis e pouco territoriais, os javalis deslocam-se em grupos matriarcais, normalmente de três a cinco fêmeas, com as suas crias, sendo a sempre a maior e mais velha a fêmea dominante. Os jovens machos, apesar de acompanharem o grupo, não participam grande coisa e os machos adultos vivem solitários juntando-se apenas na época do cio: são as javalis as chefes da família e as defensoras do lar.

Mas tenha cuidado, montador, nem sempre as pode matar. São animais sedentários, regra geral, durante o dia – mas à noite, utilizando quase sempre os mesmos trajectos e passagens, chegam a percorrer grandes distâncias a uma forte velocidade.

Ai o cio!

O cio dá-se, entre os javalis, de Novembro a Janeiro. Nessa altura, os machos procuram tão activamente fêmeas receptivas que, por vezes, esquecem-se de se alimentar e nessas alturas, quando encontram uma vara de fêmeas, os machos expulsam as crias do ano anterior lutando mesmo contra os seus rivais para conquistarem as porcas donzelas.

Chegam a travar uma data de lutas diárias, eriçando os pêlos pretos e grossos, as crinas, da coluna que os faz bem maiores perante os inimigos.

Gostar, gostar,

Os javalis adoram banhar-se no barro ou na lama – ritual importante na ecologia da espécie, considerando-se as seguintes explicações: como os javalis não emitem suor, a banha tem como função a regulamentação térmica do corpo e, igualmente, um papel importante a nível social, nomeadamente na selecção sexual, pois durante o cio as banhas parecem reservadas só aos machos adultos e dominantes. Ademais, a banha funciona como desinfestação de parasitas e também constitui uma marca territorial.

Adaptando-se a qualquer tipo de habitat, os javalis preferem zonas de mato fechado com água e comida; gostam de florestas densas de pinhal, de serras, pois para além de protecção, encontram calor no inverno e fresco no verão – esquecem-se das montarias e da caça ao troféu: os dentes caninos (superiores e inferiores) são – quanto mais velhos e maiores forem os animais, melhores são os dentes – o troféu dos javalis.

Arquivado em:Caça, Produção Animal Marcados com:animais, caça, cio, florestas, javalis, montarias, serras, troféu

O lobo e o veneno: a Europa civilizada da vergonha

26 de Junho, 2019 by olinda de freitas Deixe um comentário

Quem é o lobo?

O lobo, canis lúpus, selvagem com dentes compridos que sobressaem quando abre a boca, pertence à família dos canídeos dentro dos mamíferos carnívoros – família também constituída por outros animais como, entre outros, o cão, o coiote e os chacais.

Inteligente, muito, o cérebro do lobo está bastante desenvolvido comparado com o resto dos animais. É um animal predador, com poderosos músculos nas patas.

As fêmeas são, normalmente, um pouco mais pequenas do que os machos e o peso oscila entre os 30 e os 50 kg podendo chegar a viver uns quinze a dezasseis anos. Normalmente, existe uma relação inversa entre a temperatura ambiente e o tamanho dos animais de sangue quente: as regiões mais quentes terão animais mais pequenos do que as regiões mais frias.

Isto pode explicar o porquê das variações de tamanho que existem entre as diferentes subespécies de lobos. No total, em todo o mundo, existem cerca de trinta e duas subespécies de lobos que podem ser agrupadas em quatro grupos: Lobos brancos, Lobos cinzentos, Lobos vermelhos e Lobos pardos.

O veneno para erradicar o lobo

É verdade: até ao início da segunda metade do século XX, o envenenamento assumia um papel importante nos programas de erradicação do lobo levados a cabo de forma massiva – principalmente na Europa do Leste, na U.S.S.R. e na América do Norte – onde o uso de estricnina era já uma pratica comum em vastas regiões desde o início do séc. XIX, altura em que havia a prática generalizada de colocar estricnina em cada cadáver de animal encontrado para se, eventualmente, matar mais um lobo.

Os meios de transporte aéreos a ajudar na erradicação

A proliferação de avionetas, helicópteros e motas-de-neve, em meados do séc.XX, permitiu uma maior facilidade na distribuição de isco envenenado, o que se traduziu num grande aumento na eficiência dos programas de controlo do número de lobos. No Canadá, por exemplo, nos anos cinquenta e durante um período de dez semanas, foi lançado isco com estricnina na superfície de lagos gelados, a partir de uma avioneta conseguindo-se que, aproximadamente, 70% da população de lobos da área envenenada fosse exterminada. Assassinos.

E na Europa, na actualidade, como está o veneno para o lobo?

Neste momento a utilização de isco envenenado já não é permitida por lei (parece que finalmente alguma inteligência se espalhou no Homem).

Surpreendentemente, o envenenamento ilegal como causa de morte do lobo norte-americano parece ser praticamente inexistente, uma vez que não existem referências de lobos mortos por envenenamento – são as conclusões de uma revisão efectuada em sete estudos demográficos, realizados entre as décadas de 70 e 90, em diferentes regiões da América do Norte incluindo populações de lobos no interior e fora de áreas protegidas.

Com base numa consulta aos escassos estudos demográficos disponíveis concluiu-se que o envenenamento ilegal é, no entanto, uma importante causa de morte actual do lobo em várias regiões da Europa! onde, aparentemente, tem uma maior expressão nos países mediterrânicos: a explicação tem toda que ver com a área geográfica onde o lobo baseia a sua alimentação em animais domésticos. Vergonha de civilização.

Arquivado em:Caça Marcados com:américa do norte, animais, envenenamento, erradicação, estricnina, europa, lobo, selvagem, veneno

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