A produção de rosas, e de flores em geral, é imensamente animadora para o floricultor – só tem de dominar minimamente o funcionamento dos mercados locais e regionais. A apetência acrescida em determinadas épocas do ano, fazem com que a produção de rosas seja animadora pelo factor procura.
O floricultor esperto
A floricultura é uma actividade dominada pela esperteza: na escolha das espécies, no tratamento, no oportunismo de mercado, na introdução de mais-valias e na procura incessante de alternativas ao escoamento: decidir apostar na floricultura, e na produção de rosas em particular, pode ser uma das mais rentáveis actividades da agricultura actual!
As rosas, tanta variedade
As roseiras pertencem à família das rosáceas, com um grande número de espécies, que permitiram obter pela hibridação inúmeras variedades e híbridos. Em função disso apresentam-se, hoje em dia, com uma grande diversidade estrutural.
Podem ser arbustivas, trepadeiras, com flores isoladas – pois existem mais de 30.000 variedades de rosas em todo o mundo. São plantas que originaram diferentes tipos e misturas sempre com vista à melhoria do aspecto, do tamanho e do formato.
A cultura das rosas
O solo ideal para o cultivo das rosas deve ser o areno-argiloso, rico em matéria orgânica, com boa drenagem e disponibilidade de nutrientes.
O pH deve estar na faixa de 5,5 a 6,5. E como é difícil encontrar um solo com todas estas características, pois claro, é recomendável fazer uma análise do solo e fazer as correções necessárias como, por exemplo, usar de 10 a 15 kg/m² de matéria orgânica bem preparada e aproximadamente 400 g/m² de mistura 4–14–8.
Para solos já trabalhados ou pesados, deve ser efectuada a subsolagem e as gradagens (o número de gradagens é em função do suplemento usado, da humidade e do tipo de solo).
E as instalações?
O cultivo em estufas é feito preferencialmente para culturas comerciais. As estufas para produção de rosas podem ser de madeira ou de metal – o produtor que decida.
No entanto, a mais usada é a de metal por questões de durabilidade e deve ter uma altura que proporcione uma boa ventilação e circulação de ar. Os lados devem ser fechados, com plástico ou sombras, por forma a evitar-se a entrada de insectos e também ventos fortes. Os canteiros devem ter 1,20 m de largura por 15 a 20 cm de altura e as ruas entre os canteiros devem ter 80 cm de largura. Para plantios em campo, a largura do canteiro pode variar de 80 cm a 1 m e a largura entre os canteiros de 1m a 1,4 m.
Manutenção na produção de rosas
Eliminar as ervas daninhas é essencial, já que roubam água, luz e nutrientes – prejudicando, assim, o desenvolvimento da cultura. Se pensar em usar produtos químicos, cuidado com a poluição do ambiente: faça o acompanhamento com especialistas. Eliminar os botões apicais é um cuidado que promove o aumento do comprimento da flor e induz a uma nova brotação. Remova os galhos secos, doentes e partidos – assim como os brotos que vão surgindo.
Sendo a roseira uma planta exigente em água, os canteiros devem estar sempre com humidade adequada, sem excessos, para evitar o aparecimento de fungos. Para a produção de rosas, recomenda-se a irrigação duas vezes por semana (dois a três litros de água/planta) e no inverno, a quantidade utilizada deve ser reduzida.
A fertirrigação (os nutrientes exigidos pela planta são solubilizados em água e injectados através de bombas nos canteiros), o adubar parcelar, é a mais aconselhada.