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Terra Animal

Blog Vertical dedicado a Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca

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Produtos Fitofarmacêuticos: os Efeitos Indesejados

12 de Agosto, 2019 by olinda de freitas 2 Comentários

De que são feitos os pesticidas?

Os produtos fitofarmacêuticos, também vulgarmente conhecidos por pesticidas, incluem uma grande variedade de substâncias activas muito diferentes na sua composição e nas suas propriedades. Estes compostos, que podem ser naturais ou sintéticos, são utilizados para prevenir, destruir ou afastar qualquer organismo inimigo das culturas.

Mas também designamos por pesticidas, os produtos que condicionam a produção vegetal, denominados, reguladores de crescimento. Os produtos fitofarmacêuticos são bastante utilizados na agricultura para protecção das culturas e igualmente em saúde pública -para controlar a transmissão de doenças por vectores e hospedeiros intermédios.

Sabia que a monocultura favorece o aparecimento de pragas?

A agricultura tradicional aderiu ao sistema de monocultura, nas últimas décadas, que favorece o aparecimento de pragas, doenças e infestantes. Ora a questão está, uma pescadinha de rabo na boca, na utilização abusiva e inapropriada de produtos fitofarmacêuticos.

Portugal continua a ser um dos países da União Europeia em que os pesticidas são mais utilizados!

A grande maioria dos produtos fitofarmacêuticos são pouco específicos e tóxicos para os processos biológicos comuns a muitas espécies (apenas alguns são específicos para os processos metabólicos da espécie que devem eliminar).

Isto aliado à persistência no ambiente pode levar ao aparecimento de uma série de efeitos indesejados no ambiente e na saúde humana decorrentes da sua utilização.

A exposição humana

Como se revela a exposição humana aos produtos fitofarmacêuticos?

  • envenenamentos acidentais;
  • tentativas de suicídio;
  • exposição ocupacional;
  • exposição associada à ingestão de produtos edíveis (água e alimentos).

As populações mais expostas a estas substâncias são, obviamente, as que lidam diariamente com pesticidas na sua actividade profissional (na produção ou na preparação e aplicação destes compostos)  – já que isto implica uma exposição frequente aos produtos fitofarmacêuticos.

Intoxicações agudas: o efeito-rei

As intoxicações agudas são, provavelmente, um dos efeitos mais conhecidos dos pesticidas: não será por acaso que a Organização Mundial de Saúde estima que, por ano, ocorram 1 a 5 milhões de casos de envenenamento por pesticidas!

No entanto, existem outros efeitos dos produtos fitofarmacêuticos na saúde humana como doenças dermatológicas, neurológicas, reprodutivas, dano genético e até o aumento da incidência de cancro. Estes efeitos são normalmente observados em agricultores que constituem uma população continuamente exposta a estes compostos, embora a níveis mais baixos.

Tomar consciência de que os efeitos dos pesticidas na saúde humana são graves e frequentes será o primeiro passo para, senão travá-los, reduzi-los.

Por outro lado, apenas através deste conhecimento podem surgir estratégias que – mediante selecção, análise e aplicação – sejam capazes de reduzir os riscos decorrentes da exposição dos seres humanos aos produtos fitofarmacêuticos. Verdade?

Arquivado em:Agricultura Marcados com:cancro e pesticidas, doenças agricultura, infestantes agricultura, pesticidas, pragas agricultura, produtos fitofarmacêuticos

Controlo Biológico: o Segredo do Controlo Controlado

23 de Maio, 2019 by olinda de freitas Deixe um comentário

Uma alternativa saudável aos pesticidas

O controlo biológico consiste em utilizar os próprios seres vivos para combater os parasitas ou os predadores. Não será mais viável do que a utilização de pesticidas para o combate das pragas, já que estes últimos agridem o meio ambiente, intoxicam os animais e consomem muitos recursos financeiros?

O processo de controlo biológico caracteriza-se exactamente pela introdução, no ecossistema, de um inimigo natural da espécie nociva. O objectivo é manter a densidade populacional dessa espécie em níveis compatíveis com os recursos do meio ambiente.

Controlo biológico através de parasitas ou de predadores

O controlo biológico pode ser feito a partir da introdução de parasitas específicos ou de predadores se bem que, até agora, o processo mostrou-se mais eficiente através da introdução de parasitas por ser mais específico: o parasita morre com o organismo parasitado.

Veja alguns exemplos:

  • Um exemplo de controlo biológico por meio de parasitas é a utilização do vírus Baculovírus anticarsia, um vírus que ataca apenas as lagartas que comem as folhas de soja, não prejudicando outros seres vivos.
  • Como exemplo de controlo biológico feito por meio de predadores, temos o Gambusia affinis – um peixe que come as larvas do mosquito Anopheles (transmissor da Malária).
  • Outro exemplo é a vespa chamada Trissolcus basalis. Este insecto deposita os seus ovos (cerca de 250 em cada época) no interior dos ovos de algumas espécies de percevejos. Os ovos do percevejo são usados como alimento pela larva da vespa, não havendo a formação de adultos, ou seja, as pragas.

As vespas Trissolcus basalis são criadas em laboratório para que possam ser colocadas nas plantações de soja e continuem a predar os ovos dos percevejos. O método mais eficiente é distribuir pela cultura ovos de percevejos e ovos das vespas. As vespas são libertadas após o florescimento da soja, quando os percevejos iniciam a época.

O controlo biológico exige, no entanto, cuidados…

Um controlo biológico adequado exige a realização de uma avaliação dos riscos associados a esta prática, pois muitas espécies estranhas são introduzidas em ambientes naturais sem que haja um estudo aprofundado – o que  pode provocar sérias alterações nas características do ecossistema, como a eliminação de espécies nativas através de competição ou de predação.

Um passado desastroso de controlo biológico

Muitos antes dos avanços da ciência e da tecnologia nesta área, o homem já tentava fazer controlo biológico nas suas culturas. Aqui ficam dois exemplos de tentativas desastrosas:

  • Em 1872, o mangusto (mamífero carnívoro) foi introduzido na Jamaica para combater ratos que se espalhavam nas plantações de cana-de-açúcar. O mangusto acabou com os ratos e também com outros mamíferos, aves terrícolas e crustáceos, causando graves alterações no ambiente;
  • Em 1859, alguns casais de coelhos foram introduzidos na Austrália para o combate às ervas daninhas que se multiplicaram na região. Por não encontrarem predadores naturais, nem parasitas que regulassem a sua própria população, os coelhos proliferaram tanto que destruíram grande parte das pastagens australianas – causando um enorme prejuízo à pecuária, uma grande fonte de riqueza daquele país.

O controlo biológico na agricultura, através de parasitas ou de predadores, é, sem dúvida, uma alternativa saudável à poluição do ambiente e da saúde humana.

Urge sempre, no entanto, avaliar os riscos desta prática com rigor  – pois o descontrolo pode trazer bastantes consequências danosas.

Arquivado em:Agricultura Marcados com:agricultura, ambiente, controlo biológico, controlo de parasitas, controlo de predadores, pesticidas, saúde

A Agricultura intensiva(mente) saudável é a Biológica!

10 de Dezembro, 2018 by olinda de freitas 2 Comentários

O que define a agricultura intensiva é o uso intensivo dos meios de produção que originam grandes quantidades de um único tipo de produto. Esta é a definição universal.

Terra cansada e esgotada

Grande, enorme, produtividade; Tecnologia a substituir a mão de obra humana; O que fica? Fica a terra cansada e esgotada, pois não existe a tradicional rotação através do desmate, queimada, plantio.

Fica, igualmente, tantas vezes, a desertificação e um impacte ambiental negativo devido às elevadas quantidades de combustível utilizadas. É o progresso com implicações negativas também na agricultura – na agricultura intensiva.

Ciclo dos pesticidas e nitratos fertilizantes

Para obter elevados níveis de rendibilidade e produções fora de época, a agricultura intensiva recorre a produtos químicos. Os mais usados são os pesticidas e alguns fertilizantes (nitratos), bastante preocupantes por deixarem resíduos perigosos nos alimentos, nos solos e nas águas. Em ciclo, e novamente através dos solos e das águas, voltam a entrar em contacto com os alimentos.

Diversidade biológica afectada

Uma outra consequência apontada à agricultura intensiva é o seu efeito negativo na diversidade biológica, uma vez que se procura eliminar qualquer espécie animal ou vegetal que possa afectar as produções das culturas, – o que resulta, muita vezes, na eliminação indirecta de muitas outras.

Balanço de vantagens e desvantagens da agricultura intensiva

  • os produtos são ainda os mais procurados pelos consumidores;
  • maior produtividade no mercado;
  • os alimentos industrializados possuem maior validade de consumo e são mais práticos do que os produtos biológicos.

Presumindo que percebeu claramente que falava das vantagens, seguem-se a variadíssimas desvantagens:

  • Conduz ao aparecimento de pragas;
  • Rápida propagação de doenças;
  • Requer um intenso uso de pesticidas e nitratos fertelizantes;
  • Reduz a fertilidade e a capacidade produtiva dos solos;
  • Elevada produtividade conseguida com o uso de combustíveis poluentes;
  • Pecuária intensiva consequente em que os animais estão confinados a um espaço fechado e são alimentados à base de rações;

A agricultura biológica surge, pois, e é impossível não comparar, como uma alternativa à agricultura intensiva.

Agricultura Biológica em comparação

A agricultura biológica, como um sistema de produção holístico que promove e melhora a saúde do ecossistema agrícola, ao fomentar a biodiversidade, os ciclos biológicos e a actividade biológica dos solos, promove a saúde.

Privilegia o uso de boas práticas de gestão da exploração agrícola, em detrimento do recurso a factores de produção externos, tendo em conta que os sistemas de produção devem ser adaptados às condições regionais. Isto é conseguido, sempre que possível, através do uso de métodos culturais, biológicos e mecânicos em detrimento da utilização de materiais sintéticos.

A agricultura biológica é, de facto, embora a longo prazo, uma excelente alternativa à agricultura intensiva que apesar de apresentar elevados índices de produtividade acarreta inúmeras e graves desvantagens à saúde humana e à biodiversidade em geral.

Arquivado em:Agricultura Marcados com:agricultura biológica, agricultura intensiva, biodiversidade, fertilizantes nitratos, pesticidas, sistema de rotação de culturas

Pesticidas Ingeridos por Renas Caribu – Estudo Revelado

10 de Novembro, 2018 by olinda de freitas Deixe um comentário

E se os pesticidas ingeridos por renas Caribu forem metabolizados constituindo, desta feita, uma excelente notícia para a cadeia alimentar? Estes foram os resultados de um estudo adiantado pelo site Science Daily realizado pela Escola de Ciências Ambientais da Universidade de Guelph.

Pesticidas ingeridos por renas caribu através da vegetação são metabolizados e, por isso, fazem diminuir a exposição em animais que consomem caribu

Animais que consomem caribu, incluindo os seres humanos, têm agora motivos para celebrar: alguns pesticidas ingeridos por renas caribu, através da vegetação, são por elas metabolizados – o que diminui a exposição face ao consumo das renas caribu.

Este foi um estudo realizado no âmbito da Toxicologia e Química Ambiental que comprova o baixo risco de danos nocivos dos pesticidas no Árctico canadense pelo consumo de caribu: uma óptima notícia!

Os pesticidas ou metais pesados, como é sabido, penetram nos rios ou nos lagos e na vegetação. Depois, são ingeridos pelos peixes e pelos mamíferos que, por sua vez, são consumidos por outros animais incluindo também pelos seres humanos. Sabe-se que estas substâncias concentram-se em tecidos e órgãos internos à medida que sobem na cadeia alimentar.

O exame realizado à cadeia alimentar: os lobos e os humanos que consomem os pesticidas ingeridos por renas caribu ficam menos expostos

Ao testarem a vegetação contaminada, os pesquisadores descobriram que tanto as renas caribu como os lobos que comem as renas não sofrem um processo de biomagnificação significativo – o que é muito importante para a saúde e para as questões de segurança alimentar da região estudada.

A título de curiosidade, a biomagnificação nos pesticidas nos organismos e a respectiva contaminação pode acontecer através dos resíduos em água, dos resíduos em ecossistemas aquáticos, dos resíduos no solo, nos resíduos em organismos terrestres e nos resíduos na atmosfera.

Por sua vez, a biomagnificação pode acontecer em dois processos: por biomagnificação em certo nível trófico ou por biotransferência de um nível trófico para outro através de duas formas. A biomagnificação ou se dá por absorção directa do meio através da osmose ou então por assimilação directa via oral através dos alimentos.

Será importante referir que a característica que um pesticida tem de ter para sofrer magnificação biológica é a persistência que apresenta tanto no meio ambiente, como na forma disponível e no sistema biológico.

Os pesticidas ingeridos por renas caribu, por uma dieta alimentar baseada na vegetação contaminada, apresentam uma baixa concentração por falta de biomagnificação – o que será alvo de estudo para confirmação se tal se pode aplicar também a outras cadeias alimentares.

Todas as amostras de origem animal utilizadas na pesquisa, para levar a cabo o estudo, foram todas fornecidas por caçadores de subsistência.

Mais informações sobre este estudo podem ser obtidas aqui.

Arquivado em:Caça, Produção Animal Marcados com:Árctico, biomagnificação, cadeia alimentar, pesticidas, pesticidas ingeridos por renas Caribu, renas caribu, Science Daily, Universidade de Guelph

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